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Sócrates

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"A Verdade é uma terra sem caminhos" J. Krishnamurti

sábado, 7 de abril de 2012

Xingu - Filme

Após toda polêmica nacional e internacional causada pelo projeto de lei federal para a criação da usina de Belo Monte, que inundaria toda a reserva indígena do Xingu, surge no cenário brasileiro o filme Xingu, que relata a história de como foi criado esse Parque Nacional, no ano de 1961.

É um filme do diretor Cao Hamburger que conta a jornada de Orlando (1914 - 2002), Cláudio (1916 - 1998) e Leonardo Villas-Bôas (1918 - 1961) a partir da expedição Roncador - Xingu em 1943.

A sinopse seria mais ou menos essa:

Nos anos 1940, os três jovens irmãos (Irmãos Villas-Bôas) decidem viver uma grande aventura e partem numa missão desbravadora pelo Brasil Central. A saga começa com a travessia do Rio das Mortes e logo eles se tornam chefes da empreitada, envolvendo-se na defesa dos povos indígenas e de suas diversas culturas, registrando tudo num diário batizado de A Marcha para o Oeste.

Mais velho dos irmãos, Orlando é o articulador entre as etnias indígenas e o poder oficial, responsável por brecar a ingerência externa. Já Cláudio, é o grande idealista e o mais consciente da contradição da expedição – “Nós somos o antídoto e o veneno”, diz. O caçula é Leonardo, vibrante e corajoso. No entanto, suas atitudes podem causar um preço alto para a aventura dos irmãos.

Numa viagem sem paralelo na história, com batalhas, 1.500 quilômetros de picadas abertas, 1.000 quilômetros de rios percorridos, 19 campos de pouso abertos, 43 vilas e cidades desbravadas e 14 tribos contatadas, além das mais de 200 crises de malária, os irmãos Villas-Bôas conseguem fundar em 1961 o Parque Nacional do Xingu, um parque ecológico e reserva indígena que, na época, era o maior do mundo, do tamanho de um país como a Bélgica.

Na aventura, os Villas-Bôas conseguem passar pelo território Xavante, de índios corajosos e guerreiros sem nenhuma baixa de ambos os lados. Em seguida, deparam-se com os Kalapalos, os famosos e temidos que teriam matado o explorador inglês Percy Fawcett. Mas, apesar de toda a apreensão e ao contrário do que imaginavam, os irmãos ficam amigos do grande chefe Izarari, e se encantaram com a cultura e os costumes locais. Não previam ainda que ali viveriam a primeira tragédia de suas vidas: um surto de gripe, trazido por eles mesmos, que quase dizima toda a aldeia.


Ao recontar a saga dos irmãos, Xingu apresenta a luta pela criação do parque e pela salvação de tribos inteiras que transformaram os Villas-Bôas em heróis brasileiros, traçando diálogo com problemas crônicos do processo de formação brasileiro.

Problemas crônicos que na nossa opinião, têm seus efeitos maléficos até nos dias atuais. Passados todos esses anos, onde se avançou tanto em tecnologia, se fala em biodiversidade, desenvolvimento sustentável, preservação ambiental e cultural, um governo tem atitudes como essa, de destruição não só geográfica, da fauna e da flora local, mas como a destruição total da cultura de uma nação inteira, que restou após tantos ataques do homem branco.

O diretor do filme Cao Hamburger, em entrevista ao jornal Zero Hora de Porto Alegre, relata o seguinte comentário, quando questionado como foi o contato com os índios e a natureza que os envolve durante as gravações:

" Toda a equipe ficou encantada com o que encontrou, com a descoberta de algo, que no fundo, desconhecíamos. O Brasil, a rigor, desconhece a questão e o modo de vida das tribos do Xingu. Não é que conheçamos superficialmente: não temos noção de quanto o estilo de vida daqueles índios é sofisticado. Eles vivem numa harmonia com o seu contexto que nada tem a ver com o nosso conceito de civilização. Eles podem não ter o avanço tecnológico e científico que temos nas cidades, entretanto, criam adultos bem mais equilibrados, que sabem lidar melhor com os problemas, ou seja, não estamos falando só de harmonia com a natureza, estamos falando de educação. "

A seguir, o trailer do filme.
 

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